quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Espíritos doentes


Quase todos somos espíritos doentes.
Guardamos paixões.
Mantemos opinião arraigada.
Dominamos corações.
Espezinhamos sentimentos.
Conservamos animosidades.
Iluminados pela claridade divina escondemos o sol da crença por detrás da nuvem da dúvida.
Tocados pelo amor universal em mensagem vigorosa, dilatamos a força da ociosidade, intrigando, invalidando esperanças, lutando pelo egoísmo em construções vulgares do prazer pessoal.
Fascinados pelos altos cimos ainda sonhamos com a Terra, lutando nos seus poderosos comandos.
Fraternistas, dirigimos consciências sob o relho de palavras, atos ou pensamentos hostis.
Somos quase todos espíritos doentes...
Mas a semente que se recusa a morrer não enseja à árvore oportunidade de viver.
A água que se não submete, não movimenta dínamos que beneficiam a vida.
O trigo que se obstina ante o esmagamento, não favorece oportunidade ao pão.
Da tua enfermidade surgirá a morte da forma, para crescimento da fagulha de luz de que és constituído.
Ninguém te pode acusar por trazeres a lama de ontem e o lodo de hoje nos pés, transformados em feridas.
Sem o sulco que a dor rasgou em teus tecidos, o avanço teria sido impossível.
Sem a enfermidade, a esperança não teria razão de ser.
Sim, somos espíritos doentes, quase todos, caminhando para Jesus que, em se fazendo embaixador da vida verdadeira, trocou as excelências do seu Reino para buscar-nos e doando-se a todos, espíritos em jornada,
fez-se "o pão da vida" para alimentar-nos na difícil trajetória da evolução.

Joanna de Ângelis
Do Livro: Messe de Amor
Psicografia: Divaldo Pereira Franco
Editora: LEAL

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